Desembargador alerta que deputados não poderão votar soltura de Savi

A decisão de Zuquim está baseada em um pedido do Ministério Público Estadual (MPE)
Desembargador alerta que deputados não poderão votar soltura de Savi

O desembargador José Zuquim Nogueira, responsável por expedir os mandados de prisão contra o deputado estadual Mauro Savi e o ex-secretário Paulo Taques, determinou em sua decisão que a Assembleia Legislativa \\\"deverá observar a vedação de expedir resolução ou quaisquer atos que importem em revogação da prisão preventiva decretada\\\". O Supremo Tribunal Federal (STF) também mantém o mesmo entendimento.

A decisão de Zuquim está baseada em um pedido do Ministério Público Estadual (MPE) que alegou que os deputados estaduais não possuem as mesmas prerrogativas de deputados federais e senadores, que só podem ser presos em flagrante por crime inafiançável e com aprovação de suas respectivas Casas Legislativas.

Na manhã desta quarta-feira (9), o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), afirmou que aguardaria um posicionamento da Procuradoria da Casa, para definir se o Pleno poderia ou não votar pela soltura de Savi.

A possibilidade de que os próprios deputados votem para que Mauro Savi obtenha a liberdade é ventilada após a prisão do deputado Gilmar Fabris, em setembro do ano passado, sob a acusação de obstrução da Justiça, durante a deflagração da Operação Malebolge, pela Polícia Federal. 

Com a prisão do parlamentar teve início na Assembleia Legislativa uma discussão a respeito da prerrogativa, que consta em Constituição Federal e Estadual, para que os deputados estaduais votassem a permanência dele, ou não, no Centro de Custódia da Capital (CCC). 

Operação Bônus

O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) desencadeou na manhã desta quarta-feira (09), a Operação Bônus, que é a segunda fase da Operação Bereré.

Foram presos na segunda fase da operação, o deputado Mauro Savi, que foi afastado do cargo parlamentar, e o ex-chefe da Casa Civil, o advogado Paulo Taques.

A investigação apura esquema de desvio de dinheiro público e pagamento de propina, por meio de contrato da empresa EIG Mercados e o Detran.

Fonte ReporterMT

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