Segundo republicano, falta de planejamento dos governantes provoca prejuízos a população

Considerado um dos maiores desperdícios de dinheiro público, as obras paralisadas em Mato Grosso e em Cuiabá foram os destaques do programa de propaganda eleitoral na televisão do candidato a governador Wellington Fagundes, da coligação “A Força da União”, na ultima sexta feira. O programa também mostrou que a falta de planejamento dos governantes tem causado muitos sacrifícios à população, especialmente os mais carentes. 

“Os impostos que as pessoas pagam precisam ser bem aplicados” – afirmou o candidato republicano. De acordo com o programa, 421 obras públicas estão paralisadas em Mato Grosso, segundo dados do Tribunal de Contas do Estado. Em Cuiabá, o ex-prefeito Mauro Mendes, que tenta suceder a Pedro Taques no Governo, deixou mais de 30 obras paralisadas, entre as quais, sete unidades básicas de atendimento a saúde nos bairros periféricos.

No programa foram mostrados vários depoimentos de moradores dos bairros de Cuiabá que seriam beneficiados por unidades de atendimento a saúde pública. Entre lamentações, todos foram unanimes em apontar o desleixo com a população que mora na periferia da cidade. Muitos também colocaram em dúvida a capacidade de Mendes cuidar das pessoas menos favorecidas. 

Em frente ao ‘esqueleto’ do novo Hospital Universitário Julio Muller, obra inacabada com dinheiro na conta, Fagundes lamentou a situação e criticou os que se dizem ‘bom gestor’:  “Não adianta a gente lutar por recursos em Brasília se o trabalho aqui não acontece. Isso é um pecado. Os impostos que as pessoas pagam com tanta dificuldade precisam ser bem aplicados. Por isso que eu quero ser governador” – disse Wellington. 

Fagundes reafirmou que um dos seus principais compromissos é o de concluir as obras inacabadas em Cuiabá e em todo Estado de Mato Grosso, espalhadas em diversos municípios. Ao mesmo tempo, com a experiência de Brasília, assegurou aos eleitores que vai trabalhar para conquistar recursos para construção de novas Unidade de Primeiro Atendimento (UPA) em Cuiabá e nas cidades de maior porte. Ele prometeu ainda firmar parcerias com as instituições filantrópicas de Cuiabá e no interior e citou a necessidade de equipar melhor o Hospital do Câncer e Santas Casas, além de garantir os recursos em dia aos hospitais regionais.

Com a deficiência na saúde, o programa mostrou, como exemplo, o sofrimento do aposentado Cícero Santana, portador da “Miastemia Gravis”, doença neuromuscular que causa fraqueza e fadiga anormal dos músculos voluntários. Ele contou que há vários tipos de tratamento que permitem o torna-lo ativo, inclusive para o mercado de trabalho. Porém, desde 2016 o Estado deixou de atende-lo. Ele disse que a piora tem  se manifestado e lamentou que Mato Grosso se transformou em um Estado “em que tudo tem se transformado apenas na mídia”. 

“No meu Governo as pessoas não vão ser um numero a mais ou uma estatística. No meu Governo vamos ter um olhar humano na saúde para tratar todos com muito respeito” – disse Wellington. 

O candidato a governador disse que a melhoria na saúde passa pela importância de planejar medidas que assegurem o equilíbrio da capacidade de atendimento na Capital e no interior. Ele também planeja aumentar a rede de convênios com as filantrópicas e Santa Casas. Outra proposta apresentada prevê a realização de mutirões para reduzir a fila de atendimento conforme as necessidades de cada região.

Fonte Folha Max