Em agosto do ano passado, Brandão foi cassado acusado de receber “mensalinho†de funcionários do seu gabinete.
O discurso radical contra a corrupção da juíza aposentada Selma Arruda, candidata ao Senado pelo PSL do presidenciável Jair Bolsonaro, parece que não está se sustentando no que diz respeito aos apoiadores que abriga no palanque. Ocorre que o vereador cassado Fernando Brandão foi um dos coordenadores da carreata a favor da magistrada realizada em Sinop no final da tarde desta terça (18).
Em agosto do ano passado, Brandão foi cassado acusado de receber “mensalinho” de funcionários do seu gabinete. Depois, conseguiu reverter a cassação na Justiça, mas as suspeitas sobre o procedimento permaneceram, até que o Tribunal de Justiça confirmou a perda do mandato. O parlamentar, que até o ano passado era do PR, ajudou a organizar a carreata e postou fotos em redes sociais.
O relatório da Comissão de Ética apontou que a então servidora da Câmara de Sinop Nilza Assunção Oliveria foi indicada para o cargo por Brandão, e repassava "mensalmente parte do salário como ouvidora" e que "ao interromper os pagamentos" teria sido intimidada, bem como sofrido ameaça.
Conforme a ex-servidora, ela recebia R$ 4,6 mil, sendo que o combinado em repassar R$ 1,8 mil ao parlamentar. Nilza também disse que Brandão a questionava se “tá fazendo o repasse certinho?”.
Segundo Nilza, entre maio e outubro de 2016 foram feitos esses repasses até sofrer acidente dentro da Câmara e por este motivo recebia auxílio doença do INSS, deixando de fazer os repasses a Brandão.
Em seguida, o setor de Recurso Humanos da Câmara de Sinop teria entrado em contato com ela informando que o vereador pediu sua exoneração. Nilza entregou na época cópias de mensagens pelo WhatsApp enviadas por Brandão comprovando o mensalinho.
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