Religiosas repudiam fascismo e ditadura e lançam nota contra candidato Bolsonaro

Além de Rondonópolis, a Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas mantém províncias em outros estados brasileiros. As principais estão em Santa Catarina, Paraná e Piauí.
Religiosas repudiam fascismo e ditadura e lançam nota contra candidato Bolsonaro

Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas, que mantém a Província Santa Teresa do Menino Jesus em Rondonópolis, divulgou nota sobre o atual momento do Brasil, incluindo as eleições presidenciais.  Embora não cite o nome dos presidenciáveis, o documento indica o voto em Fernando Haddad (PT) contra Jair Bolsonaro (PSL).

 Na nota, as religiosas repudiam o que classificam  como  “projeto de Brasil que defende o fascismo e a ditadura, provocando violência e exclusão; atitudes machistas, homofóbicas, xenofóbicas e de desmedida falta de respeito às instituições e ao Estado Democrático de Direito. Segundo o texto, tudo isso é  contrário ao projeto de Jesus Cristo".

Ocorre que Bolsonaro é acusado de machismo, homofobia e xenofobia pelos adversários. Além disso, o presidenciável conservador e de direita também reivindica a ditadura civil militar que governou o Brasil entre 1964 e 1985.

As irmãs também defendem “a cultura da paz e do bem,  do diálogo, respeito e tolerância às diferenças étnicas, culturais, religiosas e de gênero; dos diferentes biomas que abrigam a rica diversidade da fauna, da flora, dos povos da terra e das águas (Povos Indígenas, Comunidades tradicionais, quilombolas, ribeirinhos, extrativistas, agricultores, pescadores, comunidades urbanas); da justiça socioambiental”.  

Segundo a nota, essas temáticas são defendidas pelo Papa Francisco por meio do projeto de educação que possibilite o desenvolvimento integral da pessoa e o pensamento crítico e político, com postura ética e evangélica, na sociedade e na Igreja.

A nota conclama os católicos a votarem por um “Brasil justo e solidário”. O documento divulgado pelas irmãs também manifesta solidariedade à Conferência dos Religiosos do Brasil  (CRB), à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), ao Conselho Indigenista Missionário (CIMI), às lideranças e outras pessoas que estão sendo vítimas de agressão e desrespeito pelo próprio Bolsonaro ou seus apoiadores.

Segundo a irmã Edilucia de Freitas, da coordenação da Província Santa Teresa do Menino Jesus em Rondonópolis, a Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas acompanha com muita preocupação a escalada da intolerância no Brasil. Por isso, lançou a nota conclamando os católicos a votar no projeto de país representado por Haddad.

“Somos 320 irmãs que trabalhamos com educação e catequese, sempre pensando em formar cidadãos com pensamento crítico e voltados para a cultura da paz e do bem. Por isso, não podíamos deixar de nos manifestar neste momento em que nosso país atravessa”, disse a irmã  Edilucia ao .

Além de Rondonópolis, a Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas mantém províncias em outros estados brasileiros. As principais estão em Santa Catarina, Paraná e Piauí.

Fonte RD News

Comentários

Aviso: Todo e qualquer comentário publicado na Internet através do Olhar Notícias, não reflete a opinião deste Portal.